Apesar de ter raízes na Ciência Cognitiva, o termo usabilidade começou a ser usado no início da década de 1980, principalmente nas áreas de Psicologia e Ergonomia, como um substituto da expressão “user-friendly”.
Segundo a ISO 9241-11, usabilidade é a capacidade que um produto tem de ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em contexto específico de uso.
A usabilidade é uma qualidade de uso, ou seja, ela é definida ou medida para um determinado contexto no qual um sistema é operado. Assim, um sistema pode proporcionar boa usabilidade para usuários experientes, mas péssima para iniciantes, ou vice-versa; ou ainda, pode ser fácil operar se o sistema for usado esporadicamente, mas difícil de for utilizado frequentemente.
O que um sistema precisa para uma boa usabilidade?
Para que o sistema tenha boa usabilidade é necessário atender aos seguintes requisitos: ser de fácil aprendizagem, ser eficiente na utilização, ser fácil de lembrar, ter poucos erros e satisfazer subjetivamente.
Conforme os critérios da usabilidade em software relacionados na literatura técnica, nota-se principalmente os seguintes requisitos:
- Facilidade de aprendizado: o sistema deve ser fácil de aprender, de tal forma que o usuário consiga rapidamente explorá-lo e realizar suas tarefas com ele.
- Eficiência de uso: o sistema deve ser eficiente a tal ponto de permitir que o usuário, tendo aprendido a interagir com ele, atinja níveis altos de produtividade na realização de suas tarefas.
- Facilidade de memorização: após um certo período sem utilizá-lo, o usuário não frequente é capaz de retornar ao sistema e realizar suas tarefas sem a necessidade de reaprender como interagir com ele.
- Baixa taxa de erros: em um sistema com baixa taxa de erros, o usuário é capaz de realizar tarefas sem maiores transtornos, recuperando erros, caso ocorram.
- Satisfação subjetiva: o usuário considera agradável a interação com o sistema e se sente subjetivamente satisfeito com ele.
Assim, para que um software possa ser considerado com boa usabilidade, não basta que apresente apenas uma interface agradável, satisfazendo subjetivamente o usuário, mas atenda a requisitos de eficiência, facilidade de aprendizado, memorização e baixa taxa de erros, além de ser acessível por qualquer pessoa, independentemente de suas limitações.
Qualidade de software
Para a engenharia de software é extremamente importante o foco na qualidade, sendo ela justamente a base da camada, como podemos observar na figura abaixo.
Desenvolver um projeto é pensar e utilizar todas as ferramentas para melhorar o produto final, pois qualquer tipo de falha resultará em maiores custos e desgaste. É importante saber os métodos que serão utilizados, o tempo gasto em cada atividade, como será desenvolvido e sobretudo focar na base da pirâmide e sempre ter o melhor produto a oferecer.
A qualidade de software deve ser garantida por toda a equipe envolvida no projeto, e a mesma será responsável por criar conjuntos de atividades e métricas para ajudar na supervisão e controle da qualidade do produto final. Esses são itens importantes para garantir maior perfeição na elaboração de cada fase do projeto e a entrega no prazo sem preocupação de não atingir as expectativas do seu usuário.
Para oferecer uma qualidade de software e garantir os padrões adequados, a norma ISO/IEC 9126-1 descreve um modelo de qualidade para o produto de software, composto pela qualidade interna, qualidade externa e qualidade de uso.
A qualidade interna avalia características internas da qualidade de software que normalmente só são percebidas pelos desenvolvedores. Já a qualidade externa avalia características que podem ser percebidas pela equipe de desenvolvimento da visão do usuário.
Por sua vez, a qualidade de uso é avaliada em seu ambiente final e percebida através da combinação das seis características de qualidade do produto de software. Ela tem como principal objetivo a avaliação de como as características do software atendem às necessidades dos usuários. Esta qualidade é analisada sob quatro características:
- Eficiência:capacidade do produto de software de permitir ao usuário atingir metas específicas como completude, em um contexto de uso específico;
- Produtividade:capacidade do produto de software de permitir que seus usuários empreguem quantidade adequada de recursos em relação à efetividade alcançada em um contexto de uso específico;
- Segurança:capacidade do produto de software de apresentar níveis aceitáveis de riscos de danos a pessoas, negócios, software, propriedade ou ambiente em um contexto de uso específico;
- Satisfação:capacidade do produto de software de satisfazer usuários em um contexto de uso específico.
Podemos citar outras maneiras e formas de avaliarmos e chegarmos em uma qualidade de software, mas de maneira geral a qualidade deve ser atingida, verificando cada uma das características como funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade, mantendo sempre o foco nos processos e seguindo os padrões de desenvolvimento.
Sendo assim…
Diante do grande volume de informação existente atualmente, a usabilidade em software cada vez mais vem sendo tratada por diversas empresas como ponto estratégico para conquistar novos consumidores/cliente, pois o fato é:
– Se um sistema é complicado de ser usado pelo usuário, de que ele servirá?
É necessário ter em mente que o desenvolvimento de um sistema não é para o programador ou para o analista utilizar, mas sim para tornar as tarefas dos usuários mais ágeis e eficientes.
Nós da Neomind, como empresa de desenvolvimento de software, temos uma equipe capacitada para buscar sempre a qualidade dos nossos produtos tomando como partida e principal requisito sempre a experiência final dos nossos clientes.