Você tranca a porta ao sair de casa? Coloca o cinto de segurança ao entrar no carro? Confere a notinha antes de pagar a conta do restaurante? Se você respondeu sim a uma dessas perguntas, você está utilizando ferramentas para gerenciar os riscos. Se na vida pessoal tomamos algumas atitudes para evitar riscos, por que não aplicá-las no trabalho também?
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No ambiente competitivo em que se encontra o mundo corporativo atual, a gestão de riscos vem se tornando cada vez mais importante. Com a lei nº 12.846/2013, também conhecida como Lei Anticorrupção, as empresas estão cada vez mais preocupadas com as regulamentações, uma vez que esta pune as organizações por atos de corrupção contra a administração pública, podendo pagar uma multa de até 20% de seu faturamento.
Diante disso, o tema compliance está sendo discutido nas organizações como forma de diminuir os riscos aos quais estas estão expostas.
Mas o que significa o termo compliance?
Compliance vem do inglês “to comply”, que significa estar em conformidade. O termo pode ser entendido como a realização de atividades e processos que estejam de acordo com normas e procedimentos legais, tanto externos quanto internos à organização. Isto é, a empresa deve seguir o que a legislação exige e também deve estabelecer políticas internas e uma cultura organizacional que evitará fraudes, multas, possíveis danos à reputação da organização e demais riscos.
Estes riscos podem ser de diversas naturezas, como por exemplo:
- Risco Legal, não estando de acordo com a legislação e códigos de conduta que regem as operações do negócio;
- Risco Operacional, em que a empresa utiliza de recursos (humanos e operacionais) não eficientes e que podem trazer prejuízos a ela;
- Risco de Imagem, onde por um descuido de conduta a empresa pode queimar a sua reputação perante os clientes, fornecedores e sociedade em geral.
Existem alguns aspectos do ambiente externo que podem de certa forma afetar as organizações e aumentar os riscos do negócio. Pode-se citar como exemplo os eventos políticos (ano de votação, impeachment, instabilidade política), econômicos (desvalorização da moeda, concorrência, inflação), eventos sociais (classe social em expansão, comportamento do consumidor), e também tecnológicos (segurança da informação, desenvolvimento de novos produtos e processos). Por isso deve-se estar sempre analisando o ambiente externo, mapeando as forças e fraquezas da organização para detectar os riscos e, de preferência, preveni-los.
Sendo assim, o objetivo do compliance, juntamente com a gestão de riscos, é mapear e analisar as ameaças para estabelecer condutas que auxiliarão a organização a atingir seus objetivos sem ser afetada negativamente por não estar em conformidade com as normas impostas.
Para estabelecer uma política interna de compliance e gestão de riscos, é importante entender não só do negócio, mas também de todos os processos e áreas que estarão sob direção dessas normas. Não adianta impor regras genéricas sem antes compreender se estas fazem sentido ao negócio e se realmente serão eficazes. De acordo com o setor da empresa, se torna relevante avaliar alguns dados como informações contábeis, comportamento do cliente e indicadores de desempenho para, então, delimitar as diretrizes a serem seguidas, sempre considerando a legislação externa.
Benefícios do Compliance
Para ficar ainda mais claro, elencamos aqui alguns benefícios que sua empresa pode ganhar estabelecendo um programa de compliance eficaz:
- Aumento da credibilidade por parte dos clientes, fornecedores, investidores e parceiros;
- Evitar fraudes e corrupção;
- Redução de custos;
- Aumento da rentabilidade;
- Aumento da qualidade e da produtividade dos produtos/serviços;
- Ajuda a difundir os valores e a cultura organizacional da empresa.
Quer implementar um programa de compliance na sua empresa e não sabe por onde começar?
Aqui vão algumas dicas:
- Comece identificando os principais riscos aos quais sua empresa está exposta: pesquise a fundo sobre eles, procure entender suas características e como podem afetar a organização negativamente.
- Faça uma análise qualitativa e quantitativa: mensure o impacto do risco e a probabilidade de interferir na produtividade e nos resultados financeiros da empresa.
- Planeje ações a serem tomadas para prevenir cada tipo de risco.
- Treine sua equipe: seus colaboradores só estarão engajados na “operação gestão de riscos” se entenderem a verdadeira importância do compliance e o papel que exercem diante disso. É importante também educá-los a respeito das leis e regulamentos que regem o setor.
- Ofereça as ferramentas necessárias: a segurança dos dados é primordial contra fraudes e para garantir que as negociações saiam nos conformes. Um exemplo é o Fusion Platform, sistema de gestão da Neomind que garante a segurança dos documentos confidencias, dando acesso apenas a quem tem autorização, permitindo o controle mais próximo dos processos internos, assegurando que estes serão realizados de acordo com o que está imposto na legislação e diminuindo os riscos da organização.
- Estabeleça punições para quem não cumprir com as normas: você também pode disponibilizar um canal de denúncias confidencial para assegurar que todos estarão seguindo ocompliance.
- Monitore o resultado do seu programa de compliance: avalie se suas ações ajudaram a diminuir os impactos negativos dos riscos e aproveite para identificar novos modelos de correções. Já que as leis estão em constante atualização, seu programa também deve estar.
Conclusão
Os pilares do compliance são: pessoas, processos e tecnologia. É fundamental criar uma consciência coletiva, por meio de programas de compliance e gestão de risco eficazes, alinhando a importância de seguir as regulamentações. Essa conscientização deve partir de cima, da alta gerência, para então se difundir como uma cultura organizacional. A empresa deve possuir não apenas diretrizes, ferramentas e processos devidamente mapeados, como também pessoas capacitadas que irão saber utilizar desses métodos para uma boa gestão de riscos. Tudo isso em busca de uma empresa mais segura e saudável, trazendo, assim uma melhora na produtividade e rentabilidade.
Quer conhecer ainda mais sobre o tema? Assista ao webinar que fizemos com o convidado especial, Dr. Miguel Teixeira Filho, presidente da associação Sul Brasileira de Compliance.
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